Na primeira semana do presente mês, muitos postos de combustível da capital potiguar aumentaram o preço do litro da gasolina ao patamar de R$ 2,99. Esse fato foi assunto de muitas conversas nos ambientes acadêmicos, de trabalho e principalmente nos sites de relacionamento da internet. Nesse último caso, os debates foram além do mundo virtual e se concretizaram em ações organizadas com o intuito de boicotar determinados postos da cidade.
A ação é válida, mas devemos também olharmos para si e refletirmos visando o FUTURO, observando o rumo que queremos tomar diante da problemática do transporte, e isso, está muito além de seu custo. Dessa forma, faz-se a seguinte pergunta: Uma eventual queda nos preços dos combustíveis de fato diminuiria os gastos desdinados ao transporte dentro do nosso orçamento familiar?
Bom, em um primeiro momento com certeza que sim, mas a partir do momento que esse "baixo custo" atrai mais e mais pessoas a adquirirem seu carro próprio, mais e mais carros estarão nas ruas, maior será os congestionamentos e maior será o tempo gasto com o carro funcionando em primeira e segunda marcha( reforçando um paralelo aumento com gasto de gasolina e ainda um adicional na manutenção dos mecanismo de funcionamento do mesmo). Vale salientar que também sofremos, ainda dentro desse contexto, com elevado nível de estresse emocional.
Então qual seria a alternativa a diante de tal realidade? A palavra-chave para essa pergunta está na eficácia. A solução para isso está no investimento em meios de transportes eficazes que não sobrecarreguem a infraestrutura da cidade, o incentivo de meios de transporte em massa como onibus bi-articulado e metrô ou não poluentes e de baixo custo como a bicicleta. Devemos assim, exigir melhores condições de trânsitos para as PESSOAS e não nos limitarmos ao uso individual e massivo de veículos automotores individuais, pois com o andar da carruagem Natal estará fadada a se transformar numa pequena, mas cronicamente congestionada São Paulo do amanhã.
Dessa forma o Movimento Bicicletada apóia o boicote, mas não com intuito de simplesmente baixar o preço da gasolina, e sim como uma forma de propiciar a reflexão da população a respeito da nossa qualidade de vida nos próximos anos e sobre o que queremos às nossas crianças de amanhã.
Por favor, reflitam......
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