Yuno Silva - repórter
Cinema, literatura de cordel e bicicleta, uma combinação surpreendente que rendeu frutos no país de Mossoró, terra do poeta popular Antônio Francisco. Personagem principal do curta metragem “O Poeta e a Bicicleta”, dos diretores Thalles Chaves, Gustavo Luz e Toinha Lopes, o cordelista potiguar é conhecido não apenas pelos inspirados versos como também por utilizar a ‘magrela’ como principal meio de transporte. Imortal da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio de Janeiro, onde ocupa a cadeira 15 que foi de Patativa do Assaré, Francisco é considerado um dos maiores poetas populares da atualidade.
“Não conhecia o Antônio, mas fiquei fascinado pelo pouco que conheci da história dele antes de começar a produzir o curta”, disse Thalles Chaves, cearense graduado em Ciências Sociais. Interessado em antropologia visual, foi estudar cinema no Rio de Janeiro e acabou se estabelecendo em Mossoró após passar um Natal com a família: “Acabei me envolvendo com vários projetos na área de audiovisual por aqui e acabei ficando”, explica.
A dica para produzir o documentário partiu de Gustavo Luz, diretor da editora Queima Bucha, especializada na publicação de cordéis, quando o trio de diretores participava de um curso de capacitação em audiovisual durante o festival Curta Mossoró. “A conclusão do curso consistia em produzir um filme com duração entre cinco e dez minutos. Mas tínhamos que seguir algumas regras, como captar todas as imagens em até 72 horas, editar em até 24 horas e utilizar apenas uma fita (60 minutos). Foi um desafio, passamos um mês na pré-produção”, lembra Chaves.
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O produção do filme também contou com a colaboração do jornalista Mário Ilo, do diretor de estúdio Raimundo Batista, da montadora Edileusa Martins e da professora Ana Lúcia Gomes, integrante do coletivo Caminhos Comunicação e Cultura, responsável pelo Festival Curta Mossoró.
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Durante esse período de preparação, os diretores gravaram entrevista com Antônio Francisco cujo áudio acabou servindo para dar suporte à boa parte das imagens captadas. “O material ficou tão bom que não conseguimos reduzir para menos de 12 minutos. Felizmente convencemos a equipe do Curta Mossoró que poderíamos mutilar o curta se reduzíssemos esse tempo”, garante.
Festivais e Prêmios
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“O Poeta e a Bicicleta” já foi exibido nas emissoras locais de televisão e no Cineclube Mossoró. “O próximo passo é refilmar tudo em película. Vamos manter o formato de curta metragem (até 20 minutos, segundo normas da Agência Nacional do Cinema – Ancine) para termos mais possibilidades de participar de festivais”, planeja Thalles.
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Falando em festivais, o documentário sobre Antônio Francisco já participou do Cine Carajás 2010, no Pará; está inscrito no Cine Sul, do Rio de Janeiro; no Cine PE; e os Festivais lusitanos de Avenca e da Vila do Conde. “Fomos selecionados para participar da mostra competitiva do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que acontece entre 26 de abril a 1 de maio em Lisboa”, anima-se o diretor.
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A equipe, incluindo o personagem principal do filme, está se mobilizando para comparecer a esse lançamento na Europa, e os planos incluem registrar a viagem para se transformar em novo produto audiovisual. “Já entramos em contato com a prefeitura de Mossoró, com a Petrobras e vamos visitar a Fundação José Augusto para tentar viabilizar nossa viagem”, adianta Chaves.
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saiba mais
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Antes de ser conhecido como cordelista, Antônio Francisco, de 61 anos, foi soldado, soldador e sapateiro. Graduado em História pela Uern, o cordelista mossoroense começou sua carreira literária tardiamente, aos 46 anos, e hoje sua principal atividade é transitar entre a poesia popular e a xilogravura. Atualmente seus poemas são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.
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Fonte: Tribuna do Norte online
http://tribunadonorte.com.br/noticia/um-poeta-de-bicicleta/173918
Cinema, literatura de cordel e bicicleta, uma combinação surpreendente que rendeu frutos no país de Mossoró, terra do poeta popular Antônio Francisco. Personagem principal do curta metragem “O Poeta e a Bicicleta”, dos diretores Thalles Chaves, Gustavo Luz e Toinha Lopes, o cordelista potiguar é conhecido não apenas pelos inspirados versos como também por utilizar a ‘magrela’ como principal meio de transporte. Imortal da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio de Janeiro, onde ocupa a cadeira 15 que foi de Patativa do Assaré, Francisco é considerado um dos maiores poetas populares da atualidade.
fotos: canindé soaresMembro da academia brasileira de Cordel, na cadeira Patativa do Assaré, o poeta popular Antônio Francisco inspirou o premiado documentário O Poeta e a Bicicleta
A dica para produzir o documentário partiu de Gustavo Luz, diretor da editora Queima Bucha, especializada na publicação de cordéis, quando o trio de diretores participava de um curso de capacitação em audiovisual durante o festival Curta Mossoró. “A conclusão do curso consistia em produzir um filme com duração entre cinco e dez minutos. Mas tínhamos que seguir algumas regras, como captar todas as imagens em até 72 horas, editar em até 24 horas e utilizar apenas uma fita (60 minutos). Foi um desafio, passamos um mês na pré-produção”, lembra Chaves.
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O produção do filme também contou com a colaboração do jornalista Mário Ilo, do diretor de estúdio Raimundo Batista, da montadora Edileusa Martins e da professora Ana Lúcia Gomes, integrante do coletivo Caminhos Comunicação e Cultura, responsável pelo Festival Curta Mossoró.
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Durante esse período de preparação, os diretores gravaram entrevista com Antônio Francisco cujo áudio acabou servindo para dar suporte à boa parte das imagens captadas. “O material ficou tão bom que não conseguimos reduzir para menos de 12 minutos. Felizmente convencemos a equipe do Curta Mossoró que poderíamos mutilar o curta se reduzíssemos esse tempo”, garante.
Festivais e Prêmios
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“O Poeta e a Bicicleta” já foi exibido nas emissoras locais de televisão e no Cineclube Mossoró. “O próximo passo é refilmar tudo em película. Vamos manter o formato de curta metragem (até 20 minutos, segundo normas da Agência Nacional do Cinema – Ancine) para termos mais possibilidades de participar de festivais”, planeja Thalles.
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Falando em festivais, o documentário sobre Antônio Francisco já participou do Cine Carajás 2010, no Pará; está inscrito no Cine Sul, do Rio de Janeiro; no Cine PE; e os Festivais lusitanos de Avenca e da Vila do Conde. “Fomos selecionados para participar da mostra competitiva do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que acontece entre 26 de abril a 1 de maio em Lisboa”, anima-se o diretor.
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A equipe, incluindo o personagem principal do filme, está se mobilizando para comparecer a esse lançamento na Europa, e os planos incluem registrar a viagem para se transformar em novo produto audiovisual. “Já entramos em contato com a prefeitura de Mossoró, com a Petrobras e vamos visitar a Fundação José Augusto para tentar viabilizar nossa viagem”, adianta Chaves.
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saiba mais
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Antes de ser conhecido como cordelista, Antônio Francisco, de 61 anos, foi soldado, soldador e sapateiro. Graduado em História pela Uern, o cordelista mossoroense começou sua carreira literária tardiamente, aos 46 anos, e hoje sua principal atividade é transitar entre a poesia popular e a xilogravura. Atualmente seus poemas são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.
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Fonte: Tribuna do Norte online
http://tribunadonorte.com.br/noticia/um-poeta-de-bicicleta/173918
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